quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Encontro com um desconhecido I









Ainda à pouco se usavam os telemóveis, já eu trocava mensagens com desconhecidos. Foi uma colega minha de trabalho que me deu o numero de um amigo de Coimbra, que se chamava Paulo. Ele tinha uma voz espectacular, sabia falar bem e trocámos muitas mensagens malucas e ousadas. Um dia quando já não aguentava-mos mais, decidimos marcar encontro. Ele veio de Coimbra e veio ter comigo a Cascais. Comprei roupa nova, lingerie nova, tudo novo. Quando chega a hora e eu estou dentro do meu carro e vejo uma estranha figura na rua, passei-me. Mandei com a cabeça no volante, a pensar cá para mim “mas que raio onde é que eu me fui enfiar, acho que vou inventar algo para me ir embora”. É claro que não o fiz e levei o encontro até ao fim. Fomos jantar, ele não tinha maneiras nenhumas a comer, passei-me. Depois decidi-me a ir para um motel que eu conhecia, foi terrível, fiquei desejosa que a noite acabasse, ele não tinha jeito para nada, para além do facto de ter uns dentes horríveis e falar de boca cheia, tinha um pénis meio estranho, que nem funcionava como deve de ser, ele dizia assim “para mim, fazer amor é uma arte”, mas garanto-vos que arte não havia nenhuma, havia era parvoíce. Bebi uns copos a ver se não custava tanto e olha, lá foi, lá consegui com que a coisa fosse funcionando mas quando chegou de manhã, eu nem quis acreditar. Nunca mais falei com ele. Ele adorou aquela noite mas eu nem por isso. Cuidado com esses encontros, eu não sabia como ele era pois na altura a Internet quase não existia e os telemóveis nem câmara fotográfica tinham. Grande parte das vezes duvido dessas pessoas que andam na net e que dizem que são assim e assado, mas por trás há sempre algo que não está bem, senão acho que não havia tanta gente à procura do mesmo.

1 comentário:

Unknown disse...

Pena este blog ter começado com uma aventura de mau resultado. Mas por vezes as coisas valem como acabam e não como começam! Sucesso!